É vício ou falta de amor próprio?
Todos
os dias surgem novas drogas no mundo, sejam elas permissivas ou não, todavia,
os farmacêuticos criam novas substâncias na busca de curar ou amenizar um
problema de saúde. Mas o que dizer do consumo de tabaco no Brasil? Quantas
vezes você ouviu alguém dizer que a grande maioria dos fumantes são mal
educados? É incrível como as pessoas são egoístas. Muitos entendem que a fumaça
do cigarro incomoda, mas isso não é o suficiente para o fumante parar de fumar,
ou simplesmente ir para outro lugar.
As
últimas pesquisas relacionadas ao tabagismo mostraram que só no Brasil morreram
quase dois milhões de pessoas vítimas de câncer provocado pelo fumo na última
década, sem mencionar aqui o exorbitante valor do que foi gasto pelo SUS com
estas pessoas. O valor ultrapassa bilhões de reais no tratamento somente com
pessoas que adquiriram algum tipo de câncer oriundo do fumo. Mas, quanto vale a vida de quem fuma para
quem fuma? Até que ponto uma pessoa negligencia o amor à própria vida e aos
poucos paga para morrer? Se sei que o fumo pode me tirar a saúde e
consequentemente a vida, então por que não paro?
Ainda
que o Ministério da Saúde faça campanhas e mais campanhas, diga que o cigarro
contém mais de quatro mil e setecentas substâncias químicas, ainda que o
governo aumente o valor do cigarro, ainda que venham as carteiras de cigarro
com imagens fortes, ainda assim o adolescente, o adulto e o idoso não param;
ainda que seu hálito fique terrível, ainda que seu sorriso fique amarelado e
feio, ainda que o odor do cigarro fique na sua roupa mesmo após um bom banho;
ainda assim eles não param; então... pode sim ser falta de amor próprio,
afinal, ninguém destrói aquilo que ama, mas se não ama, então se destrói.
Deus
disse ao homem: “Domine sobre as aves dos céus, os peixes do mar, os animais do
campo e sobre todas as plantas e árvores” Mas, o que vemos é que as plantas
estão dominando muitas pessoas. Tenho vários amigos que fumam, mas não sei se
poderia dizer que estes amigos são amigos de si próprio.
Texto:
Gleyber Miranda
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